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PROCESSOS DE TERRITORIALIZAÇÃO, INTERCULTURALIDADE E BEM VIVER: um estudo sobre as atividades turísticas realizadas pelas comunidades indígenas do rio Negro

Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores
Programa Primeiros Projetos – PPP
EDITAL N. 004/2017

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RESUMO: A presente proposta faz parte das pesquisas realizadas no âmbito do Grupo de Pesquisa NEICAM – Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Cultura Amazônica. O recorte aqui em destaque refere-se as análises das atividades turísticas realizadas por comunidades indígenas localizadas no noroeste amazônico, especificamente nas Terras Indígenas Médio Rio Negro I e II. Na referida região é possível encontrar as primeiras experiências de turismo constituídas dentro das diretrizes da Instrução Normativa n.03 (FUNAI, 2015), a exemplo dos Projetos Serras Guerreiras de Tapuruquara, Yaripo e Marié. Um dado importante sobre essas experiências é que elas acontecem a partir das visões e percepções das comunidades, pelos objetivos que desejam alcançar e pelas suas estratégias de gestão dos territórios. De acordo com as narrativas dos indígenas envolvidos nessas atividades a adoção do turismo se constitui no atual cenário (marcado por desrespeito e ameaças aos seus direitos), como uma alternativa sustentável de renda, uma estratégia de proteção e conservação ambiental. O objetivo central da pesquisa é analisar essa trajetória das comunidades indígenas em torno da adoção do turismo como um dos elementos estratégicos no processo de gestão territorial e ambiental das terras indígenas.

LÓCUS DA PESQUISA


Região do Alto Rio Negro - Terra Indígena Médio Rio Negro I e parte da Terra Indígena Médio Rio Negro II.
Nessa região o trabalho envolverá as comunidades da Terra Indígena Médio Rio Negro I e parte da Terra Indígena Médio Rio Negro II, território onde se localiza a Serra do Curicuriari (Bela Adormecida), destino de visitação de muitos turistas nos últimos anos. Num primeiro momento essa visitação ocorreu por grupos de caminhadas e indivíduos independentes, não havendo normas de conduta que gerenciassem tais atividades. Com o intuito de organizar essa visitação e evitar impacto ao ambiente e a seus moradores, a Associação indígena Ahkó Iwí, organização representativa dos povos indígena das Terras Indígenas Médio Rio Negro I e II, deu inicio, em trabalho conjunto com a FUNAI, FOIRN, ICMBIO, ISA, dentre outros, um trabalho de ordenamento territorial do Turismo no local.
A Associação indígena Ahkó Iwí foi criada em novembro de 2013 com intuito de trazer melhorias no que tange a gestão das duas TIs, pois a grande extensão territorial dificultava a gestão por uma única associação, feita até então pela CAIMBRN – Coordenadoria das Associações Indígenas do Médio e Baixo Rio Negro. Ao todo as duas TIs abrigam mais de 70 comunidades e sítios(FOIRN, 2016). Com a fundação da associação Ahkó Iwí 12 comunidades ficaram sob sua representação e as demais com a CAIMBRN. De acordo com as lideranças indígenas a região do Médio Rio Negro, ao longo de mais de vinte anos, essa região vinha sendo explorada ilegalmente por um turismo que em nada beneficiava as comunidades. De modo a mudar essa realidade Associação Akhó Iwí junto com suas lideranças decidiram conduzir as atividades, pois entendem que Ecoturismo (ou melhor, o Etnoturismo) é uma modalidade ideal a ser realizada na região, desde que gerida pelas comunidades, conforme estabelece a Instrução Normativa 003/2015.

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PESQUISADORAS PARTICIPANTES​

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Jocilene Gomes da Cruz (Coordenadora)

Juliete Amaral Medeiros

Katiuscia da Silva Auzier

Rosilene Fonseca Pereira

Parceiro

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Escola Superior de Artes e Turismo (ESAT - UEA), Av. Leonardo Malcher, 1728, Praça 14, Manaus, Am - Brasil.

© NEICAM 

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