O ESTADO DA ARTE DA ECONOMIA CRIATIVA NO ESTADO DO AMAZONAS: empreendedorismo cultural e criativo dos povos indígenas (2014 – 2014 concluído)
Contemplado pelo edital 001/2013 - Observatório de Economia Criativa do Estado do Amazonas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PRÓ-REITORIA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.
A pesquisa constituiu-se no levantamento de atividades culturais e criativas realizadas pelos povos indígenas do estado do Amazonas, empreendidas por estes, com o propósito de obterem renda para atender suas atuais demandas simbólicas e materiais. Objetivou ainda, elaborar uma cartografia da economia criativa dos indígenas em que os agentes sociais, as trajetórias sociais e as redes fossem identificadas. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica e documental, está última feita nos arquivos da Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (SEIND), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e nos sites das associações e organizações indígenas do Amazonas. Os resultados apontaram uma rica e complexa diversidade de atividades culturais e criativas empreendidas pelas associações indígena. No que concerne a variedade e inovação, nos chamou a atenção os processos criativos dos artesãos, que mesmo seguindo uma dinâmica para a comercialização, não perderam de vista o significado e as referências culturais representadas em cada uma das peças. Assim, o que se constitui como uma “peça decorativa” - abajur, fruteira, colar, dentre outros, são percebidos por seus artesãos e artesãs como uma arte-artesanato indígena, nos quais estão a expressão das suas referências culturais, os ensinamentos repassados pelos mais velhos, impressos nos traçados e nas formas como são elaboradas cada uma das peças posta a venda. Para além da arte/artesanato, varias outras atividades criativas foram identificadas, a exemplo da culinária e do turismo comunitário.
PESQUISADORAS PARTICIPANTES
Jocilene Gomes da Cruz – Coordenadora
Katiuscia da Silva Auzier
Chris Lopes da Silva
Claudina Azevedo Maximiano
SUBPROJETO / PATRIMÔNIO CULTURAL, IDENTIDADE ÉTNICA E AS ATIVIDADES CRIATIVAS DAS COMUNIDADES INDÍGENAS NA CIDADE DE MANAUS-AM (2015 – 2017 concluído)
Produtividade Acadêmica – Universidade do Estado do Amazonas
O Projeto foi estruturado a partir dos resultados obtidos do “projeto guarda-chuva” que tem como título: “O estado da arte da economia criativa no estado do Amazonas: empreendedorismo cultural e criativo dos povos indígenas”, realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio da Pró-reitoria de Inovação Tecnológica/Observatório de Economia Criativa do Estado do Amazonas, cujos resultados foram publicados em um livro organizado pela referida Pró-reitora. No projeto em parceira com a UFAM foi possível identificar e mapear informações sobre a diversidade cultural dos povos indígenas do Amazonas, dois resultados foram preponderantes para a continuação e/ou elaboração de novas pesquisas. Primeiro, a pesquisa revelou que a produção de arte/artesanatos - como atividade cultural e criativa, aparece em 90% das comunidades e/ou associações indígenas nas quais foi feito o levantamento. Segundo, verificou-se que as instituições governamentais, não dispõem de uma política pública e/ou apoio às alternativas de renda – aqui denominadas de atividades criativas e culturais, criadas pelas inúmeras comunidades e associações indígenas do Amazonas. Com o novo projeto, delimitado ao contexto urbano de Manaus, buscou-se evidenciar os agentes sociais, as redes construídas, as trajetórias sociais do patrimônio cultural indígena que circulam no contexto da cidade como promoção cultural ou geração de renda. Uma das formas percebidas como articulação entre o tradicional e a inovação é o investimento em atividades criativas, que são veiculadas pelos grupos étnicos com o propósito de garantir uma alternativa de renda que contribua com a subsistência das famílias, uma prática que se pressupõe a promoção e a valorização das culturas indígenas em contexto urbano, bem como sua mobilização social em prol da garantia de direitos. Na presente pesquisa, o uso econômico de elementos diacríticos e/ou do patrimônio cultural, são vistos como ressignificações e estratégias socioculturais no âmbito da economia da cultura.
PESQUISADORES PARTICIPANTES
Jocilene Gomes da Cruz – Coordenadora
Chris Lopes da Silva
Francinilde de Oliveira Guedes
José Ernandes Lima Costa Júnior
SUBPROJETO / PATRIMÔNIO CULTURAL, POVOS INDÍGENAS E A ECONOMIA DA CULTURA
(2018 – atual)
Este projeto também se conecta ao “projeto guarda-chuva”: “O estado da arte da economia criativa no estado do Amazonas: empreendedorismo cultural e criativo dos povos indígenas”, realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio da Pró-reitoria de Inovação Tecnológica/Observatório de Economia Criativa do Estado do Amazonas. Em termos de abrangência delimita-se a região Médio e Alto Rio Negro, onde identificou-se atividades criativas e culturais oriundas de uma estratégia organizacional singular, produzida pelo “fenômeno associativo” (PERES, 2010). São várias as associações existentes nessa região, as quais surgem a partir da década de 1980, num formato de organização social e político nos moldes da sociedade ocidental, são as Associações Indígenas, as quais agregaram-se a uma organização maior, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), e, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e demais agentes sociais, delineiam um “modelo” próprio de gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas, como imperativo de luta na defesa dos territórios dos povos indígenas. Várias são as estratégias de gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas empreendida pelas Associações Indígenas e várias são as suas estratégias de alternativas de renda. Nesta pesquisa objetivamos: a) evidenciar os empreendimentos criativos advindos do patrimônio material e imaterial indígena que circulam no contexto atual como alternativas sustentáveis; b) fazer a caracterização/identificação dos produtos advindos das atividades culturais e criativas dos povos da região, procedendo à contextualização socioantropológica, c) identificar as redes de articulação entre as associações indígenas, a circulação dos produtos e as redes de comercialização. A pesquisa está em andamento, mas são visíveis as contribuições das atividades criativas e culturais realizadas pelas associações indígenas para as comunidades e os respectivos povos que nelas vivem, pois para além de viabilizar uma fonte de renda, promovem formas próprias de gestão e de governança em seus territórios em contextos de ameaças e desrespeito aos seus direitos.
PESQUISADORES PARTICIPANTES
Jocilene Gomes da Cruz – Coordenadora
Alcione Deodato de Souza
Chris Lopes da Silva
Katiuscia da Silva Auzier
Manoel Inácio de Oliveira